Há 11 anos, a Rede Placi instalava os primeiros hospitais de transição no Brasil, uma modalidade que surgiu nos anos 1970 nos Estados Unidos e Canadá, visando atender pacientes após cirurgias e internações prolongadas, além de preparar o próprio paciente, seus familiares e cuidadores para novas realidades. Com isso, num ambiente hospitalar diferente com profissionais qualificados e multidisciplinares, pacientes, familiares e cuidadores são devidamente treinados para assegurar qualidade de vida e longevidade a todos.
O Placi, com investimentos da Gestora de Recursos Finhealth e do fundo de impacto Blue Like an Orange, surgiu na esteira na transição demográfica no Brasil associada aos avanços tecnológicos da assistência hospitalar e aumento na sobrevida de doenças crônicas e graves, criando a necessidade de um novo modelo entre o hospital geral altamente tecnológico e a volta para casa para cuidar de pacientes com alto grau de dependência. Atua como uma continuação ao tratamento hospitalar para pacientes que passaram da fase aguda da doença, mas que ainda precisam de atenção especializada.
Pela excelência de seus serviços conquistou certificação da Joint Commission International (JCI), principal órgão de melhoria e acreditação da qualidade de suas três unidades localizadas no Rio de Janeiro – Barra da Tijuca e Botafogo, também na capital fluminense, e Niterói, no Estado do Rio. As unidades são certificadas nos 1200 indicadores de conformidade mundial com base em seis metas internacionais de segurança do paciente definidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). É a primeira rede da América Latina a possuir esta certificação em seu segmento de atuação, conquistada por um seleto grupo de 20 hospitais internacionais. Em março deste ano, o Placi inaugurou a unidade de Brasília, localizado no moderno Neo Life, no Lago Sul, que segue os mesmos padrões adotados nos hospitais do Rio de Janeiro.
O hospital atende pacientes pós-acidente vascular cerebral (AVC), pós-operatório com necessidade de reabilitação ou readequação de cuidados, pós-internação hospitalar prolongada com perdas funcionais (atividades básicas da vida diária como alimentar-se por via oral, caminhar, levantar sozinho da cama etc.) e outras. A equipe do Placi compreende profissionais multidisciplinares que trabalham de forma integrada, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, apoio espiritual e outros. A Rede Placi tem investimentos acumulados de R$ 90 milhões, tem mais de 3,500 mil pacientes atendidos, emprega 450 profissionais, possui 300 leitos nas quatro unidades e mais de 40 convênios credenciados.
Um segmento importante de pacientes que aumenta a cada dia é o da atenção domiciliar, egressos do home care e de outras instituições em virtude de um agravamento do seu quadro. Atualmente, 10% das internações são de pacientes provenientes de sua residência. “O hospital de transição é muito utilizado na Europa e América do Norte, países que já passaram pelo envelhecimento da população que o Brasil atravessa agora”, detalha o CEO Carlos Alberto Chiesa, informando que o modelo diminui custos para as seguradoras de saúde entre 30% e 70% e vai ao encontro do que defendem a OMS, o Ministério da Saúde e o Banco Mundial sobre a importância de redes especializadas para a gestão integrada do cuidado. O Placi é credenciado nas principais seguradoras e operadoras brasileiras e um importante aliado do mercado de saúde suplementar no atendimento de segurados dessas empresas.
“Somos intermediários entre os hospitais gerais e os cuidados em domicílio, por isso temos em todas as unidades áreas de convivência para os pacientes pegarem sol com suas famílias e estarem bastante com elas até que tenham um retorno seguro para casa”, acrescenta o médico. Como parte integrante da linha de cuidados, o Placi é focado em pacientes que necessitam reabilitação parcial ou total, com volta às suas atividades com maior autonomia e independência; readequação, ou seja, aqueles que precisam se adaptar à sua nova condição funcional, visando melhorar a sua qualidade de vida e reinserção social e cuidados paliativos para os terminais oncológicos e não com o propósito de cuidar, acolher e aliviar os sinais e sintomas, proporcionando a melhor qualidade de vida possível. O familiar faz parte do plano de cuidado, é orientado, treinado e participa ativamente deste processo, sentindo-se mais seguro para o cuidado de longo prazo.
Nestes 11 anos, a Rede Placi já reabilitou e acompanhou a evolução de pacientes como G.L.V. Com 83 anos e após uma longa internação, ele não andava, não falava e não se alimentava. Seis meses depois, ele foi para sua casa fazendo suas refeições, caminhando e conversando com amigos e familiares. Sua jornada de recuperação representa uma verdadeira transformação, que só foi possível por conta do período em que ficou sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada e infraestrutura de ponta, realizando uma etapa intermediária entre a alta hospitalar e o retorno para casa, garantindo segurança, conforto e suporte contínuo. O enfrentamento da pandemia de Covid também foi marcante, com diversos casos de recuperação em pessoas que eram jovens e ativas e chegaram ao Placi completamente acamadas, sem força para se mover e saíram andando. Pacientes com síndromes raras, em geral bastante jovens, também mostraram que o modelo de transição permite oferecer um programa individualizado e diferenciado, transformador na vida da família, além de gerar um sentimento extremamente gratificante na equipe de saúde.
Cada transição é cuidadosamente planejada e executada em total alinhamento com o hospital de origem ou médico assistente. A missão do Placi vai além da recuperação física. O hospital é comprometido em oferecer um ambiente que promova o bem-estar integral do paciente, proporcionando uma etapa intermediária entre a alta hospitalar e o retorno para casa, garantindo segurança, conforto e suporte contínuo. O conceito de “cuidado após cuidado” representa uma evolução significativa na medicina, especialmente no contexto brasileiro.
“Trabalhamos para possibilitar que o paciente retorne para casa o mais independente possível dentro de sua condição clínica, visando a melhora da qualidade de vida, com retorno de mobilidade, reinserção de atividades de vida diária, como alimentar-se, cuidados de higiene pessoal e vestir-se sem auxílio, assim como retorno à vida ativa e produtiva em muitos casos”, conclui Chiesa.