Reabilitação motora em hospital de transição requer equilíbrio entre expectativas e progresso

Por Placi
31/10/2024

No processo de reabilitação, um dos maiores desafios enfrentados pela equipe de saúde é o gerenciamento das expectativas, tanto dos pacientes quanto de seus familiares. Pacientes conscientes frequentemente têm grandes expectativas sobre sua recuperação, almejando uma retomada rápida de suas capacidades motoras e funcionais. No entanto, algumas condições são mais complexas, e é papel da equipe de profissionais mantê-los cientes das limitações impostas pela própria condição clínica, sem, no entanto, diminuir o otimismo. “O importante é destacar cada avanço, por menor que pareça, pois cada passo representa uma vitória no caminho para a recuperação”, ressalta Jefferson Carlos Araujo Silva, Coordenador de Fisioterapia do Placi Brasília.

Quando o paciente não tem plena consciência de seu estado, a responsabilidade recai sobre os familiares, que passam a projetar suas expectativas na equipe. Nesse contexto, o trabalho de sensibilização da família é fundamental. O hospital de transição desempenha um papel essencial em preparar emocional e psicologicamente os familiares para a realidade da reabilitação, orientando-os sobre o que esperar e como participar ativamente desse processo.

A Rede Placi, uma referência nesse setor, conta com uma ampla gama de recursos terapêuticos que atende às diferentes demandas de pacientes com lesões motoras variadas, desde os que possuem alta dependência até aqueles mais independentes. Cada paciente é cuidadosamente avaliado ao ser admitido, e, a partir dessa avaliação, um plano terapêutico personalizado é traçado. As metas são adaptadas de acordo com a evolução, e novos recursos integrados à medida que os progressos acontecem, sempre com o foco na recuperação funcional máxima possível.

Um dos grandes diferenciais da instituição é o acompanhamento integral realizado por uma equipe multidisciplinar, que envolve médicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde. Esse acompanhamento é feito de maneira colaborativa, com metas discutidas abertamente com o paciente, sempre que possível, e com seus familiares. Esse diálogo cria um ambiente de apoio, onde a família também é preparada para lidar com as possíveis necessidades do paciente após a alta hospitalar, promovendo uma reabilitação mais humanizada e eficiente.

A sinergia entre os profissionais do Placi é outro aspecto que merece destaque. Trabalhar em conjunto, com metas claras e alinhadas, permite uma recuperação mais rápida e direcionada. Essa troca entre profissionais de diferentes áreas resulta em um atendimento mais completo, onde o paciente é tratado de maneira integral, e não apenas como um conjunto de sintomas.

“Para mensurar o progresso dos pacientes, utilizamos instrumentos reconhecidos e validados cientificamente, como a escala Intensive Care Unit Mobility Score (IMS), que avalia o nível de mobilidade e dependência”, adiciona o especialista informando que, além disso, são feitas avaliações da força muscular geral e respiratória, garantindo que o progresso seja mensurado de forma objetiva e clara.

Durante o processo de reabilitação, a equipe de saúde conversa constantemente com os pacientes, incentivando-os a lembrar de suas conquistas desde a admissão até o estágio atual. Essas conversas, muitas vezes realizadas em conjunto com a equipe de psicologia, ajudam o paciente a visualizar seus ganhos funcionais e a perceber o valor de cada pequeno avanço, criando uma mentalidade mais positiva e com resiliência.

Leia também

×