A importância da saúde mental

Luiza Ruggeri: "após a aceitação da proposta terapêutica, a filha saiu tão agradecida que se ofereceu para ser voluntária no Placi".

Por Placi
13/10/2023

Nesta semana, no dia 10 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental, data que visa aumentar a conscientização sobre o tema, mas no Placi todos os dias são dias da saúde mental.

Segundo o Ministério da Saúde, a data, instituída em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental, busca chamar atenção pública para o assunto, que ainda é um tabu na sociedade.

A psicóloga Luiza Ruggeri (foto), do Placi Botafogo, especialista em psicologia hospitalar pela Santa Casa, em cinco anos à frente da unidade, lembra de um senhor de 98 anos, que chegou ao hospital após um AVC.

“Os filhos estavam fragilizados emocionalmente e, por essa razão, tinham dificuldade em compreender e aceitar que o pai era um paciente elegível para cuidados paliativos, ou seja, para receber cuidados proporcionais, não invasivos, controlando sintomas, como dor, e minimizando sofrimento físico e emocional”, conta, recordando que, após a aceitação da proposta terapêutica, a filha saiu tão agradecida com os resultados que se ofereceu para ser voluntária no Placi. 

“Outro cuidado em forma de ação realizado pela equipe de psicologia do Placi é o atendimento pós-óbito. As famílias são acolhidas através de contato telefônico e disponibilizamos suporte e acompanhamento para os que enfrentam o processo de luto”, acrescenta Joane Jardim, psicóloga responsável pelo Placi Niterói há seis anos, informando que o olhar da equipe hospitalar é sempre voltado ao paciente, mas ele tem uma história, uma família que o acompanha e, segundo ela, para que exista um trabalho efetivo, é fundamental que todos estejam envolvidos nesse planejamento terapêutico, que abrange a recuperação da saúde física, mas é permeado pelo equilíbrio psíquico.

Placi Hospital de Transição
Joane Jardim: “o olhar da equipe hospitalar é sempre voltado ao paciente, mas ele tem uma história, uma família que o acompanha”.

Fortalecer a saúde mental do paciente e da família possibilita um cuidado integrado e uma preparação para a alta e para a continuidade da vida além dos muros do hospital.

O psicólogo é um profissional de grande importância em um hospital de transição. Lidar com uma doença vai muito além do tratamento da patologia em si.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, e não apenas como a ausência de doença. 

O psicólogo hospitalar atua como um facilitador do fluxo das emoções trazidas pela hospitalização e pela questão saúde/doença, auxiliando no manejo das ferramentas de enfrentamento a fim de minimizar as dores emocionais e desenvolver recursos para que a reabilitação ocorra no menor tempo possível.

A atuação do psicólogo no Placi abrange a tríade paciente – família – profissional de saúde, buscando um cuidado integrado que possibilite, além da atenção ao paciente, acolhimento e cuidado com a família, fragilizada pelo momento vivido.

O psicólogo hospitalar facilita, cria e garante uma comunicação harmônica e efetiva entre paciente/família e equipe de saúde, envolvendo os mais próximos no trabalho com a pessoa hospitalizada, contribuindo para minimizar o sofrimento e adesão ao tratamento proposto.

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